Não sei, se te amo ou odeio
Se feche ou te abra a porta
O passado é coisa morta
Já mal nenhum, eu receio
Pois isso pouco me importa
Mas sinto-me sem defesa
Vivo amarrada à saudade
E esta minha felicidade
Esconde a minha tristeza
Prisioneira da maldade
Não sigo por maus caminhos
Nem tenho o passo apressado
Não me perco nos carinhos
Nem os deixo andar sozinhos
Perdidos nesse passado
Faço um silêncio divino
Pois há muitas pedras soltas
Nessa rua que imagino
Marca a sombra do destino
Sei amor que já não voltas
Maria de Lurdes Brás