QUANDO ME OLHO NO ESPELHO
Quando me olho no espelho
Descubro mais uma marca
Da mocidade que me escapa
Mais rugas num rosto velho
Juventude que já passou
Mocidade que se foi
Mas ainda o que me dói
É o que a vida levou
Guardo sonhos na bagagem
Poemas que tenho feito
E guardo dentro do peito
A dor da longa viagem
Aquela rosa na jarra
A desfolhar de tristeza
Como eu, teve beleza
Que hoje a vida desgarra
Mas enquanto um fio tiver
Nesta vida para sorrir
Minha boca vai abrir
Num sorriso de mulher.
Maria de Lurdes Brás
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
DESTINO OU FADO
Sou uma folha arrancada
Desse livro que é a vida
Já fui folha amarrotada
Da "sperança já perdida
Sou a luz da minha rua
Nessa noite fria e escura
Escuridão que já foi tua
Pela falta de ternura
Meu pensamento descreve
Aquilo que a alma sente
Ciúme em soluço breve
Que o coração consente
Num lamento soluçando
A minha voz nada teme
Mesmo rouca vai remando
Como timoneiro ao leme
Mas ao sonho não resisto
Sem ficar do lado errado
Cumpro o destino previsto
Faço da vida o meu fado.
Maria de Lurdes brás
Sou uma folha arrancada
Desse livro que é a vida
Já fui folha amarrotada
Da "sperança já perdida
Sou a luz da minha rua
Nessa noite fria e escura
Escuridão que já foi tua
Pela falta de ternura
Meu pensamento descreve
Aquilo que a alma sente
Ciúme em soluço breve
Que o coração consente
Num lamento soluçando
A minha voz nada teme
Mesmo rouca vai remando
Como timoneiro ao leme
Mas ao sonho não resisto
Sem ficar do lado errado
Cumpro o destino previsto
Faço da vida o meu fado.
Maria de Lurdes brás
RUMO CERTO
Caminhos que percorri
Sem encontrar rumo certo
Sem saber gritei por ti
Pois queria ver-te perto
Enfrentei os vendavais
Estranhas dores descobri
A vida deu-me sinais
E eu não percebi
Sentindo louco ciúme
De quem eu nem conhecia
O meu peito ardia em lume
E o meu coração gemia
Sensação louca, ingrata
Faz-me perder o juízo
As lágrimas em cascata
Tiram brilho ao meu sorriso
Mas a esperança continua
E não se desfaz em fumo
Como o sol da minha rua
Também eu, traço o meu rumo.
Maria de Lurdes Brás
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