Eu agarrei nas palavras
E senti-me num dilema
Como a terra que tu lavras
No papel, lavrei o tema
Em solitária visão
Tracei uma linha recta
Perfeita contradição
Duma rima de poeta
E num impulso sentido
Em forma de sentimento
Vejo o mundo colorido
Por pintores de talento
Neste silêncio evidente
Com genuina verdade
Viverão, eternamente
Turbilhões de saudade
Nesta mensagem sagrada
Escrita com o coração
De mil afectos, saudada
Com sublime, paixão.
Maria de Lurdes Brás