segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PAIXÃO E CONTRADIÇÃO

Eu agarrei nas palavras
E senti-me num dilema
Como a terra que tu lavras
No papel, lavrei o tema

Em solitária visão
Tracei uma linha recta
Perfeita contradição
Duma rima de poeta

E num impulso sentido
Em forma de sentimento
Vejo o mundo colorido
Por pintores de talento

Neste silêncio evidente
Com genuina verdade
Viverão, eternamente
Turbilhões de saudade

Nesta mensagem sagrada
Escrita com o coração
De mil afectos, saudada
Com sublime, paixão.


Maria de Lurdes Brás

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

AMÁLIA É FADO

Portugal, inteiro viu
E uma Lágrima caiu
Foi tão triste a despedida
Já não vais ao Rio Lavar
E Deus Vai-te Perdoar
Que Estranha Forma de Vida


Na Rua do Capelão
Confesso, foi Maldição
Esse teu Nome de Rua
Malhoa, na sua vez
E esse Fado Português
A quem disseste, Sou Tua


Eras Casa Portuguesa
Lisboa não é Francesa
No mundo inteiro tens fama
Ai Mouraria, Madragoa
Foste, Maria Lisboa
E Madrugada de Alfama


Eu, Queria Cantar-te um Fado
Como, Tudo Isto, é Fado
Foi a Deus que agradeci
A Gaivota, quebrou amarras
Silêncio, trinam guitarras
Disse-te adeus e morri