terça-feira, 27 de março de 2012

PORQUE TE AMO LISBOA

Porque te amo, Lisboa
Me encanta tua grandeza
Vou no Cacilheiro à proa
Mirando, tua beleza
/
Sete colinas são rotas
Brilhando em noite de lua
Bailas ao som das gaivotas
Toda enfeitiçada e nua
/
O fado, teu filho querido
Por nós é tão adorado
Faz-nos perder o sentido
Tem magia o velho fado
/
Ontem era só um sonho
Hoje é já realidade
Sonhei um fado risonho
Tenho fados de saudade
/
Sou gaivota transportada
Nesse navio vou à proa
Estou por ti apaixonada
Porque te amo Lisboa.

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Maria de Lurdes Brás

domingo, 18 de março de 2012

RUA DA SOLIDÃO

Procurei por ti à toa
Por essa velha Lisboa
E nem sombras dos teus passos
Na Travessa da ternura
Alimentei a loucura
Numa muralha de abraços
/
Nessa Avenida maior
Não encontrei o amor
Achei a estima perdida
Abracei toda a saudade
Conquistei a felicidade
Nesse Beco Sem saída
/
Sem ter motivo ou razão
Na Rotunda da paixão
Vagueei qual vagabundo
Com o olhar indiferente
Senti que estavas ausente
Bem distante do meu mundo
/
Fiquei de voz embargada
E sem falar quase nada
Bateu o meu coração
Foi o final da jornada
À esquina da madrugada
Na Rua da Solidão

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Maria de Lurdes Brás

ESTA NOITE

Esta noite
não encontro, o que procuro
E me perco nas vielas, da cidade
Esta noite
vou sonhar com o futuro
E vou sentir saudades, da saudade

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Esta noite
vou beber, para esquecer
O silêncio que tenho, dos teus braços
Esta noite
eu não quero adormecer
Vou seguir, as pegadas dos teus passos

/

Esta noite
eu quero ir e procurar
Aquilo que me dá só alegrias
Esta noite
vou sorrir, p'ra não chorar
De saudades que tenho todos os dias

/

Esta noite
não me vou sentir perdida
E gritar que me encontrei e estou aqui
Esta noite
vou abençoar a vida
Porque nesta madrugada, eu renasci

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Maria de Lurdes Brás