sexta-feira, 13 de agosto de 2010

CAIS DA VIDA

Fiz da noite a minha casa
Fiz da lua o meu telhado
Das estrelas fiz a luz
O calor do sol é brasa
Na fogueira do meu fado
Iluminei minha cruz

Minha cruz de desalentos
Meu rosário de tristezas
Minha mágoa de saudade
Vida de agitados ventos
Inverno de incertezas
Primavera de ansiedade

Nau perdida no mar alto
P'la tempestade arrastada
Sem tábua de salvação
Esperança em sobressalto
Fica comigo amarrada
No cais do meu coração.

Gravado em C.d pelo fadista Afonso Oliveira

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo!!!
Beijinhos*