terça-feira, 28 de agosto de 2012

GIGANTE É A VERDADE

Há um mar que se agiganta, no meu peito
E ondas de saudade, que me ferem
Solto a voz na garganta, com meu jeito
E navego na liberdade, que me derem

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Passeio ali à beira, nessa margem
Na praia do meu sonho, onde me perco
E faço a grande feira, à minha imagem
E um muro risonho, com que me cerco

/

Meu sono permanece, em mar bravio
Nessa onda gigante, onde me deito
Minha alma enlouquece, em desvario
Num Oceano distante e imperfeito

/

E a gigante verdade, se desvia
Da rota do segredo, que há em nós
No mar da saudade, maré vazia
E na onda do medo, descanso a voz.

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Maria de Lurdes Brás

2 comentários:

Jorge Ramiro disse...

Há pessoas que acham beleza na paisagem. Outros vêem a beleza das mulheres. Eu encontro a beleza na poesia.

Carlos Cardoso Luis disse...

Lindas imagens criadas em cada estrofe que no fundo são um retrato do seu sentir. Gostei como aliás gosta da sua Poesia. Parabéns Amiga.