segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

DESTINO OU FADO

Sou uma folha arrancada
Desse livro que é a vida
Já fui folha amarrotada
Da "sperança já perdida

Sou a luz da minha rua
Nessa noite fria e escura
Escuridão que já foi tua
Pela falta de ternura

Meu pensamento descreve
Aquilo que a alma sente
Ciúme em soluço breve
Que o coração consente

Num lamento soluçando
A minha voz nada teme
Mesmo rouca vai remando
Como timoneiro ao leme

Mas ao sonho não resisto
Sem ficar do lado errado
Cumpro o destino previsto
Faço da vida o meu fado.

Maria de Lurdes brás

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